segunda-feira, 14 de maio de 2007

Coluna da Carol 14/05/2007

As versões dos episódios de Chaves e Chapolin



Como todos sabem, as séries de Chespirito tiveram grande êxito e existiram por aproximadamente 20 anos. O segredo para este grande sucesso foi a simplicidade dos textos de Bolaños e o

cenário precário que contribuíram para que estas séries tivessem sucesso em qualquer época e aonde quer que fossem exibidas.

Uma característica marcante de Chaves (El Chavo del Ocho), foi a grande quantidade de versões diferentes que possuía cada episódio. Nós aqui no Brasil não conhecemos grande parte delas, pois além do clássico fato dos Episódios Perdidos, o SBT abre mão das versões antigas, não se sabe ao certo por qual motivo, seja pela qualidade das fitas, por questão de que alguns episódios antigos não foram dublados, ou até mesmo censura (o que acho pouco provável)

Os grandes chavesmaníacos são prejudicados com essa troca de episódios mas antigos pelos mais novos, que já não são estrelados por grandes personagens como Quico (Carlos Villagrán) e Seu Madruga (Ramón Valdéz), os seus papéis nos episódios foram “entregues” para personagens como Nhonho, Pópis e Dona Neves. Estes episódios mais recentes são versões de episódios gravados geralmente no “auge” da série e, devido a isso, na minha opinião, eles já não tem a mesma graça das primeiras versões.

Um exemplo muito bom para nós analisarmos é o episódio dos “Inseptos do Chaves”. Este possui três versões diferentes: uma inédita de 1973, outra perdida de 1975 com sua ultima exibição em 1992 (também foram exibidos trechos deste e de outros episódios no extinto programa Falando Francamente) e a terceira versão, que é aquela que o Brasil conhece através da exibição do SBT. Episódio muito bom esse! Apenas a terceira versão dele que ficou meio “chata” com a substituição de alguns personagens e algumas mudanças no enredo da história. Alguns dizem que este episódio poderia ter sido censurado por conter uma cena a qual o Chaves lambe um ferro quente e queimam as costas do Quico. Acho essa hipótese de censura ridícula, já que existem diversos programas para crianças com cenas muito mais violentas do que essa.

Quase todos os episódios de Chaves (sem falar nos de Chapolin Colorado) tiveram mais que uma versão. Episódios como os de Acapulco e “A Sociedade”, por exemplo, não tiveram duas versões diferentes. Há quem diga que, devido a isso, Bolaños foi o maior copiador de si mesmo.



Carol

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